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O Comitê Nobel, grupo responsável por indicar os vencedores do prêmio, anunciou que a ganhadora deste ano é María Corina Machado, a principal liderança da oposição venezuelana.
Corina foi escolhida por por seu “trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”, afirmou o órgão.
A organização ressaltou que Maria ajudou a “manter a chama da democracia acesa em meio a uma escuridão crescente”.
O comitê escolheu a venezuelana em meio à expectativa de Trump para ser indicado pelo cessar-fogo em Israel e evitar guerras, como no caso da tensão entre Índia e Paquistão.
O prêmio é avaliado em aproximadamente R$6.4 milhões e será entregue durante cerimônia em Oslo marcada para o dia 10 de dezembro.
O presidente do Comitê Nobel, Jørgen Watne Frydnes, disse que espera vê-la na cerimônia, mas reconhece que a situação de María é grave. Ela vive escondida desde 2024.
Frydnes comentou que o órgão tem a decisão todos os anos, "especialmente quando a pessoa que recebe o prêmio está escondida devido a sérias ameaças à sua vida".
Quem é María Corina Machado?
Maria é uma das principais líderes da oposição contra a ditadura chavista na Venezuela.
Impedida a concorrer nas eleições deste ano, ela foi uma das apoiadoras mais importantes de Edmundo González.
Acusada de golpista
Em 2014, quando ainda era deputada, María promoveu um movimento de protesto para retirar o chavismo do poder.
Isso lhe custou a perda do mandato devido a uma acusação de “conspiração golpista”. No ano seguinte, foi impedida de concorrer a quaisquer novos cargos públicos.
Mesmo com a proibição, continuou ativa na oposição ao governo de Maduro, sendo uma das principais líderes de protestos do país. Em um discurso ao senado brasileiro em 2014, declarou:
"O conflito que enfrentamos é entre a falta de respeito aos direitos humanos e às liberdades, entre a ditadura e a democracia, entre a Justiça e os atropelos, entre um regime opressor e um povo que clama por liberdade".
Após o fim do mandato, María viajou o mundo falando sobre a realidade da Venezuela, buscando apoio internacional.